A sessão termina. O coração está aberto, a mente, clara. Mas então a vida acontece. E a pergunta surge: “Como eu não perco essa sensação?”.
Lembre-se: a sessão é o momento em que se ara a terra. O tempo entre as sessões é onde a germinação silenciosa acontece, regada pela sua própria presença. Você é o jardineiro do seu jardim interior.
Este não é um dever de casa. É um cardápio de rituais para honrar seu processo. A regra de ouro? Escute seu corpo. O que ele pede hoje?

Se ele pede ATERRAMENTO…
(Quando a energia está expansiva demais, te roubando do chão) A expansão precisa de raízes para virar nutrição.
- O Ritual: Volte ao nosso Guia de Aterramento. O mais simples: fique de pé. Sinta o planeta inteiro sob seus pés, uma presença constante e fiel. Respire fundo e, ao soltar o ar, entregue seu peso a ele. Ancore.
Se ele pede FLUIDEZ…
(Quando a energia estagna e a vida parece rígida)
A rigidez é um rio congelado. O antídoto é o movimento.
- O Ritual: Coloque uma música. E se mova. Não para uma plateia, mas para si mesmo. Sacuda, ondule, espreguice. Deixe seu corpo ser o rio que se liberta do leito seco e volta a correr.
Se ele pede ACOLHIMENTO…
(Quando a tristeza ou a raiva, tocadas na sessão, vêm à tona)
Uma emoção que emerge é uma criança interior pedindo colo.
- O Ritual: Encontre um lugar tranquilo. Coloque uma mão sobre o coração, a outra na barriga. Respire para dentro das suas mãos e sussurre para a emoção: “Eu te vejo. Você pode ficar.” Ofereça à sua sombra o calor da sua presença, não a frieza do seu julgamento.
Se ele pede CLAREZA…
(Quando insights, memórias ou confusões surgem)
A mente precisa de um lugar para decantar o que o corpo sentiu.
- O Ritual: Pegue um caderno e escreva por cinco minutos sem parar. Despeje o caos da mente no papel. A clareza não é um ponto de partida; é o que se revela no fim da tempestade de palavras.
Lembre-se, o objetivo não é a perfeição. É a intimidade. O tempo entre as sessões não é um vazio a ser preenchido. É o solo sagrado onde suas sementes de consciência germinam.
Cuide bem do seu jardim. E observe, com a curiosidade de um amante, o que insiste em florescer.