As palavras são pontes ou muros. No universo do Tantra, muitas pontes sagradas foram transformadas em muros de confusão. É hora de reabri-las, recuperando o significado essencial da linguagem que descreve a sua própria alma.
Este não é um dicionário. É um guia de conversação com o seu mundo interior.
Conceitos Fundamentais

Tantra
- A Caricatura: Técnicas sexuais exóticas.
- A Verdade Essencial: A arte de tecer a consciência em cada fibra da sua vida, transformando o ordinário em extraordinário. Significa “expandir”. [Leia o guia completo].
Prana
- A Caricatura: Uma “energia mística” vaga.
- A Verdade Essencial: A eletricidade da vida. A vibração que você sente quando está pleno e o silêncio quando está esgotado. A moeda corrente da sua bateria interna.
O Mapa do Corpo

Chakras
- A Caricatura: “Rodas de luz” que precisam de alinhamento com cristais.
- A Verdade Essencial: As sete salas do seu palácio interior, cada uma governando um reino da sua vida (segurança, prazer, poder…). O mapa vivo da sua alma.
Yoni
- A Caricatura: Um sinônimo “cool” para vagina.
- A Verdade Essencial: Do sânscrito, “portal sagrado” ou “fonte”. Refere-se a toda a genitália feminina como um altar de poder criativo e sabedoria corporal.
Lingam
- A Caricatura: Um sinônimo “cool” para pênis.
- A Verdade Essencial: Do sânscrito, “pilar de luz”. Refere-se a todo o órgão masculino como um canal de consciência, presença e amor, para muito além da performance.
Os Arquétipos Divinos

Shiva
- A Caricatura: Um deus indiano da destruição.
- A Verdade Essencial: O arquétipo da consciência pura. A montanha que testemunha a passagem das nuvens. O silêncio que contém todos os sons. O Pilar.
Shakti
- A Caricatura: Uma deusa indiana sensual.
- A Verdade Essencial: O arquétipo da energia em movimento. O rio selvagem que dança e dá vida à paisagem. A canção que preenche o silêncio. O Rio. A dança de ambos é a própria vida.
A Prática

Puja
- A Caricatura: Um ritual sexual exótico.
- A Verdade Essencial: Um ritual de devoção. Qualquer ato feito com presença total como uma oferenda ao sagrado. Fazer um chá com amor é um Puja. Escutar de verdade é um Puja. É a prática de descobrir que o templo é o mundo.
Entender esta linguagem não é um teste de memória. É um ato de reconhecimento. É dar nome às forças primordiais que já dançam em você, esperando, pacientemente, para serem chamadas para a dança.